"A Democracia e o fortalecimento do Estado de Direito são pilares fundamentais da integração regional".

Oposição lança primeira candidata transexual da história da Venezuela


Caracas (Venezuela), 8 ago (EFE),(Imagens: Jackdwin Sáez).- A advogada e ativista venezuelana Tamara Adrian se tornou a primeira transexual a se candidatar em eleições no país, ao ter seu nome na lista da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), para o pleito legislativo de 6 de dezembro. "Minha candidatura abre as portas para aquilo que o governo e o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) tinham se negado a aceitar durante todo este tempo", disse a professora de direito, em entrevista coletiva realizada pela legenda.

Fonte: EFE
Missão Ushuaia, Venezuela. 9/8/2015

Entidade venezuelana abre processo contra "CNN" por notícias falsas


Caracas, 7 ago (EFE).- A Comissão Nacional de Telecomunicações da Venezuela (Conatel) informou nesta sexta-feira que iniciou um procedimento administrativo sancionatório contra a emissora americana "CNN" pela difusão de informações falsas de saques e violência na cidade de Maracay, capital do estado de Aragua.

Em seu site, a entidade assinalou que a decisão foi tomada com base em "instruções do Ministério para a Comunicação e Informação, dada a gravidade destes fatos, por seu grande impacto sobre a opinião pública".

A emissora americana de notícias emitiu ontem mesmo um comunicado no qual reconheceu seu erro sobre estas reportagens.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o governador do estado de Aragua, Tareck el Aissami, acusaram ontem a "CNN" de fazer uma "campanha terrorista" contra o país e asseguraram que estas informações falsas de saques tinham a intenção de "desestabilizar".

Não é a primeira vez que o governo venezuelano verte críticas contra a "CNN", já que no início de 2015 os jornalistas dessa emissora perderam as permissões para trabalhar no país.

Horas depois o governo as devolveu após pedir "equilíbrio" e "retificação" na cobertura dos protestos antigovernamentais da época.



Fontes: EFE, RT - Espanhol
Missão Ushuaia, Venezuela. 07/08/2015

Escassez leva doentes a recorrem a remédios veterinários na Venezuela

Arte: Untal_Ro

Segundo Federação Farmacêutica, país tem 70% de escassez de remédios. Imunossupressores que evitam rejeição de órgãos transplantados sumiram.

Kevin Blanco se declara humilhado por ter de aceitar tomar remédio veterinário após um transplante de rim devido à falta de medicação para humanos na Venezuela.

Segundo cálculos da Federação Farmacêutica, o país sofre de 70% de escassez de remédios.

A prednisona e o cellcept - imunossupressores que evitam a rejeição de órgãos transplantados - desapareceram das farmácias públicas e privadas.

Isso colocou em uma situação crítica centenas de pacientes que não podem suspender a medicação um dia sequer, sob o risco de perder o órgão transplantado pelo qual esperaram por anos.

"Quando a prednisona humana acabou, todo mundo começou a procurar a canina", afirma o presidente da Federação Farmacêutica, Freddy Ceballos.

"Estas pessoas estão correndo risco de vida", afirma por sua vez Francisco Valencia, presidente da Fundação Amigos Trasplantados, que apoia esses pacientes.

Blanco, de 47 anos e transplantado há 15, esteve sem os dois medicamentos por um mês até a última terça-feira, quando voltou a receber os remédios, mas durante esse período precisou consumir prednisona para animais.

"É humilhante saber que tua vida depende de um medicamento para animais", afirma Blanco, 47 anos, acrescentando que seu médico alertou que o uso do remédio veterinário seria "por sua conta e risco".

O governo de Nicolás Maduro - que não divulga cifras oficiais da falta de remédios desde fevereiro de 2014 - nega a falta de prednisona, indicando que em julho Cuba enviou um lote de 1,2 milhão de pílulas.

Mas, segundo o presidente da Federação Médica Venezolana, Douglas León Natera, muitos pacientes estão comprando antibióticos, esteroides e medicamentos tópicos em pet shops.

Por trás disso tudo, está uma seca de recursos devido à queda dos preços do petróleo.

A crise da saúde também se vê na falta de insumos hospitalares, como reativos para exames, o que levou à suspensão de várias cirurgias, em um país onde os marcapassos já são reutilizados.

Fontes: France Presse, Untal_ro
Missão Ushuaia, Venezuela. 08/08/2015.

"Dado Galvão: um documentarista que adora bolivarianos... como temas de documentários... "


Minhas razões para apoiar o trabalho deste documentarista, Dado Galvão, que já tinha produzido um "épico" sobre a odisseia que representou a retirada do Senador boliviano Roger Molina, pelo então encarregado de negócios do Brasil em La Paz, Ministro Eduardo Saboia, são muito simples, agora que ele empreende a sua "Missão Ushuaia, Venezuela".

Em primeiro lugar, louvo sua coragem e empenho em fazer esse trabalho de documentação e divulgação sobre a realidade política da Venezuela, tendo presente algumas coisas que precisam ficar muito claras: a Venezuela é hoje uma ditadura sob todos os aspectos a não ser pelo nome; pode ser que ele seja impedido de trabalhar, e pode até ser expulso, ter seus equipamentos sequestrados, danificados, destruídos, sem excluir a possibilidade de detenção por horas ou dias, ou até mais; ele não poderia esperar nenhuma solidariedade de qualquer embaixador em Caracas, nem dos seus respectivos governos. Para todos os efeitos, a Unasur é bolivariana.

Ele entende que precisa fazer algumas provocações no exercício da cidadania MERCOSUL, e que se a Venezuela não tem compromisso com a liberdade do livre pensar (democracia) deveria ser afastada do MERCOSUL.

Missão Ushuiaia é um belo nome, mas pena não existe verdadeira cidadania Mercosul, pelo menos aplicada aos casos de regimes do Foro de São Paulo, um grupo fantoche a serviço da ditadura castrista.

Ele está consciente dos riscos, mas precisa da divulgação para conseguir apoio e ajuda para a sua viagem, pois até aqui só tem garantida a hospedagem em Caracas.

Pretende entrevistar os embaixadores dos países que fazem parte do MERCOSUL, e que estão em missão na Venezuela.

Desejo pleno sucesso à "Missão Ushuaia, Venezuela" de Dado Galvão.

Por: Paulo Roberto de Almeida*, Blog Diplomatizzando
*Doutor em Ciências Sociais (Universidade de Bruxelas, 1984), mestre em Planejamento Econômico (Universidade de Antuérpia, 1977), diplomata de carreira desde 1977. Trabalhou no Núcleo de Assuntos Estratégicos da PR (2003-2007). Professor no mestrado em Direito do Uniceub e professor-orientador no mestrado em diplomacia do Instituto Rio Branco. Ministro-conselheiro na Embaixada em Washington (1999-2003), chefe da Divisão de Política Financeira e de Desenvolvimento do MRE (1996-1999), conselheiro econômico em Paris (1993-1995) e representante alterno na Delegação junto à ALADI (1990-1992). Seleção de livros: O estudo das relações internacionais do Brasil (2006); Formação da diplomacia econômica no Brasil (2005); Relações internacionais e política externa do Brasil (2004); Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (2002); O Brasil e o multilateralismo econômico (1999)

Governo da Venezuela usa justiça contra opositores, diz HRW

"Todo crime tem uma origem. *CNE Conselho Nacional Eleitoral"
Arte: Untal_Ro

O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, usa o sistema judicial como uma punição política, com demandas penais contra dezenas de opositores que criticaram suas políticas nos meios de comunicação, denunciou nesta quinta-feira a organização Human Rights Watch.

Segundo a HRW, além dos processos mais notórios contra dirigentes políticos como Leopoldo López, dezenas de críticos menos conhecidos enfrentam ou foram ameaçados de ações penais por autoridades venezuelanas.

Mas o mais grave é a "ausência de um poder judicial independente" que possa frear as ações do poder Executivo, advertiu a organização americana.

"O governo da Venezuela utiliza o sistema de justiça como uma fachada, mas a realidade é que os juízes e procuradores venezuelanos se converteram em soldados obedientes", disse José Miguel Vivanco, diretor-executivo para as Américas da HRW, em um comunicado.

Para Vivanco, "as autoridades venezuelanas abusaram, de forma recorrente, de suas faculdades para limitar a livre expressão, e isso impede um debate aberto e democrático, o que é especialmente importante diante das eleições legislativas que serão realizadas em dezembro", disse Vivanco.

Fonte: AFP, Untal_Ro
Missão Ushuaia, Venezuela 07/08/15

Escassez e economia em frangalhos colocam Venezuela à beira do abismo, diz relatório. Centro internacional alerta para risco de ‘desastre’ com agravamento da crise.

Protesto. Médicos reclamam de falta de equipamento nos hospitais. Mais de 13 mil profissionais de saúde deixaram a Venezuela nos últimos anos por falta de condições de trabalho - MERIDITH KOHUT/NYT

CARACAS - Com escassez de alimentos e bens de primeira necessidade na prateleira, remédios e médicos cada vez mais raros nos hospitais, e uma economia em frangalhos, o cenário na Venezuela se aproxima de uma crise humanitária. É o que afirma um recente relatório do International Crisis Group (ICG), importante centro de estudos sediado em Bruxelas. O documento aponta que a profunda turbulência econômica na qual o país mergulhou nos últimos anos está se desdobrando numa crise social que pode se transformar num “desastre social que abalará não apenas as políticas domésticas e a sociedade da Venezuela, mas também seus países vizinhos”.

— A escassez não está somente nas prateleiras dos supermercados, mas sem dúvida a falta de acesso a alimentos processados, somada à dificuldade de obtenção de remédios nas farmácias e hospitais, está gerando um cenário na área da saúde muito próximo daquele encontrado nos países que enfrentam crises humanitárias — disse ao GLOBO o diretor do ICG para a América Latina, Javier Ciurlizza. — Em nosso trabalho de investigação, estivemos em contato com muitos militantes chavistas, e mesmo eles reconhecem que o governo tem fracassado em levar adiante seus projetos sociais. 

Sob o pesado controle do Estado

O quadro de escassez de profissionais é particularmente preocupante na área da saúde. Em abril, o presidente da Federação Médica Venezuelana, Douglas León Natera, informou que pelo menos 13 mil médicos haviam deixado o país nos últimos anos, e afirmou que a saúde no país vivia uma crise com tendência a se agravar progressivamente. Ele acusou o governo do presidente Nicolás Maduro de manter, deliberadamente, a população desinformada sobre as epidemias que se alastravam pelo país.

O documento do ICG destaca cinco pontos críticos na Saúde venezuelana, entre eles a falta de leitos e materiais nos hospitais, a escassez de remédios disponíveis, a decisão do Ministério da Saúde de não publicar mais boletins oficiais sobre as epidemias no país, e a dificuldade no atendimento neonatal, especialmente nas zonas rurais, o que muitas vezes obriga gestantes em trabalho de parto a passarem por vários hospitais antes de conseguirem atendimento. Como consequência, as mortalidades materna e infantil, que haviam caído durante o período de Hugo Chávez à frente da Presidência, voltaram a subir. 

Para Diederik Lohman, diretor associado de saúde da ONG Human Rights Watch (HRW), muitas das dificuldades enfrentadas pelo sistema de saúde venezuelano têm origem no fato de o país praticamente não produzir insumos ou medicamentos, sendo obrigado a recorrer a importações, que se tornam inviáveis frente ao controle cambiário do governo. Além disso, as reservas em moeda forte, que em 2008 chegaram ao ápice, com US$ 42 bilhões, em junho passado já tinham despencado para apenas US$ 16 bilhões. 

— Importadores não conseguem trazer os remédios para o país — conta Lohman. — O único que tem acesso aos dólares é o próprio Estado, que até fecha acordos de compra de medicamentos com países aliados, mas que, segundo seus próprios boletins, compra quantidades erradas, e muitas vezes negocia a compra de medicamentos vencidos. É uma infeliz combinação de má gestão e descontrole. 

As acusações de Natera sobre a divulgação de dados oficiais são corroboradas pela ONG e pelo centro de estudos.

"Duvido que esta noite maduro jante pátria". Arte: Untal_Ro  

— O problema das informações oficiais é comum na saúde, mas não está restrito a ela — relata o diretor da HRW. — Espalha-se por todas as áreas do governo, que oculta dados e utiliza teorias conspiratórias contra quem o critica. Maduro faz isso agora, mas Chávez já fazia isso antes.

Já Ciurlizza diz que o combate à pobreza, carro-chefe do governo desde a chegada de Chávez ao poder, em 1999, também tem índices mascarados pelo governo. Há indicações de que as melhorias conseguidas entre 2003 e 2012 foram revertidas.

— O último indicador oficial disponível, de 2013, indicava 27,3% de pobreza no país. Desde então novos índices não foram divulgados, mas em março, um estudo realizado por três universidades venezuelanas apontava um crescimento do índice de pobreza para 48,4%.

Prateleiras vazias. Área da saúde é uma das mais afetadas pela crise 
no país - WILLIAMS MARRERO / WILLIAMS MARRERO / EL NACIONAL


Advogados acusam governo

Além dos desafios na economia e na saúde, o país também é alvo de constantes críticas em outra áreas. Em nota, o Instituto de Direitos Humanos da Associação Internacional de Advogados acusou o governo de perseguir juristas, citando como exemplo o caso da juíza María Lourdes Afiuni, presa a pedido do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que também teria usado seu programa na TV estatal para pedir a prisão de três advogados acusados de desacato.

— É uma tentativa de intimidar o Direito na Venezuela, que levará à destruição da confiança pública na Justiça — afirmou o copresidente da entidade, Hans Corell. 

Fontes: Felipe Benjamin - O Globo, Untal_Ro
Missão Ushuaia, Venezuela. 06/08/15.

Distúrbios em cidade da Venezuela terminam com saques e prefeitura incendiada

"Um país duas visões e a mesma triste realidade, 'Venezuela ferida' ".
Arte: @Untal_Ro

Caracas, 5 ago (EFE).- Pelo menos dois caminhões que transportavam comida na cidade de Sinamaica, no noroeste da Venezuela e próxima à fronteira com a Colômbia, foram saqueados por um grupo de pessoas que depois incendiou a sede da prefeitura, informou nesta quarta-feira a imprensa local. A informação sobre os distúrbios foi confirmada pelo secretário de governo regional do estado de Zulia, Billy Gasca, em sua conta no Twitter, onde afirmou que os "lamentáveis fatos" estão sendo avaliados pelas autoridades locais. 

Segundo o jornal "Panorama", com sede em Maracaibo (capital do Zulia), porta-vozes da prefeitura informaram que cinco escritórios foram danificados no incidente. Já o caraquenho "El Nacional" afirma que o saque aos dois caminhões de transporte de comida aconteceu como medida de protesto "contra a escassez e o racionamento de alimentos" que assola a cidade, que vive em "condições deploráveis, passando vários dias sem energia elétrica e sem conexão à internet". Por sua vez, o site do jornal "Últimas Notícias" publicou que porta-vozes da prefeitura, "que pediram anonimato por não estarem autorizados a falar, indicaram que o ataque começou na noite de terça-feira, quando os agressores entraram no prédio da prefeitura e, após roubar eletrodomésticos e computadores, atearam fogo às instalações". 

As autoridades oficiais não se pronunciaram sobre estes novos distúrbios que se seguem a outros que ocorreram em outras partes da Venezuela desde o início deste mês e que reavivaram as críticas pela situação de crise econômica e de insegurança do país. O governador do estado venezuelano de Bolívar, Francisco Rangel, confirmou no último dia 31 de julho que uma pessoa morreu durante o saqueamento de um armazém de alimentos na cidade de San Félix, em um incidente que terminou com pelo menos 60 detidos. 

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse no mesmo dia que a morte deste jovem foi um evento "planejado" executado pela "direita maltratada" que, segundo ele, recebe ordens dos Estados Unidos. As principais críticas do lado opositor partem da aliança partidária Mesa da Unidade Democrática, que convocou para 8 de agosto uma "jornada nacional de protesto contra a fome, o crime organizado e pela liberdade". Durante o último ano a Venezuela passou por frequentes ciclos de escassez e desabastecimento, o que provocou longas filas nas lojas, com as pessoas disputando principalmente produtos alimentícios e artigos de higiene pessoal.

Fontes: Agência EFE, @Untal_Ro
Missão Ushuaia, Venezuela. 06/08/15

Maduro define lista de candidatos a deputado, e põe a mulher como cabeça de lista


Cilia Flores e seu marido, Nicolás Maduro(EFE/VEJA)


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, escolheu sua esposa, a primeira-dama Cilia Flores, para liderar a lista de candidatos chavistas nas próximas eleições legislativas do país. Conhecida entre os venezuelanos como a "primeira combatente", Cilia já presidiu a Assembleia Nacional e foi procuradora-geral da Venezuela. Ela vai disputar as eleições para deputado por Cojedes, seu Estado natal, no dia 6 de dezembro.

"Ela pediu minha opinião e eu disse 'você é livre para ir à batalha, pois tem sua própria liderança, seu próprio espaço e não há machismo que vá te limitar'", disse Maduro durante um encontro com os candidatos governistas, entre eles ex-ministros, artistas e esportistas venezuelanos.

A advogada de 62 anos, que costuma acompanhar o marido em eventos públicos, acaba de ganhar de Maduro um programa de TV. 'Com Cilia em Família' estreou no dia 3 de maio na rede estatal Venezolana de Televisión (VTV). Cilia integrou o grupo de advogados que defendeu Hugo Chávez quando ele foi preso por liderar um golpe frustrado em 1992.

Primeira-dama da Venezuela ganha do 'maridão' um programa de TV

A primeira-dama da Venezuela, Cilia Flores, chamada carinhosamente de "primeira combatente" por seu marido Nicolás Maduro, apresentará um programa de televisão que se chamará 'Com Cilia em família'. O programa televisivo foi descrito como uma atração "familiar de variedades" vai ao ar na rede rede Venezolana de Televisión (VTV), estatal, claro. O próprio Maduro anunciou que a atração é um presente para sua mulher, que "contará as histórias de verdade da Venezuela".

O programa da primeira-dama será apenas mais um entre o amplo espaço de televisão e rádio que o governo bolivariano dispõe no país. Maduro possui programas para chamar de seus, assim como o presidente do parlamento, o governista Diosdado Cabello, todos transmitidos pela rede estatal VTV.


Veja o primeiro programa completo.


Maduro, fiel ao estilo do seu mentor Hugo Chávez, mantém os programas de rádio e televisão para informar sobre a "revolução bolivariana". Em seu caótico programa dominical 'Alô presidente', que não tinha horário para terminar e nem um roteiro defindo, Chávez permaneceu 1.656 horas no ar, o equivalente a 69 dias ininterruptos de transmissão.

O último 'Alô presidente' foi ao ar em 29 de janeiro de 2012, semanas antes que o presidente venezuelano se submetesse a uma intervenção cirúrgica para combater um câncer que finalmente acabou com sua vida em março de 2013.

Fontes: Veja, VTV
Missão Ushuaia, Venezuela. 05/08/15

EUA pedem que Venezuela permita a participação de opositores nas eleições.

"Governando na sombra". Arte: @Untal_Ro

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos pediram nesta terça-feira à Venezuela para reverter a proibição que impede membros da oposição de assumirem mandatos e participarem das eleições parlamentares de 6 de dezembro.

Os norte-americanos fizeram esse pedido depois de a líder da oposição Maria Machado dizer que tentou registrar sua candidatura na segunda-feira, mas que seu pedido havia sido rejeitado.

O Departamento de Estado afirmou em comunicado que as decisões de autoridades eleitorais venezuelanas "têm claramente a intenção de complicar a capacidade de a oposição" disputar a eleição e limitar o número de candidatos.

"Apelamos a todas as autoridades venezuelanas relevantes para reconsiderar a proibição imposta aos candidatos e reiteramos o nosso apelo para uma observação eleitoral credível e oportuna", disse o Departamento de Estado.

A crítica ocorre no momento em que EUA e Venezuela retomaram uma reaproximação cautelosa nos últimos meses para tentar melhorar as relações depois de mais de uma década de desentendimentos.

Parte da discussão tem sido sobre a garantia de uma votação livre e justa. Pesquisas sugerem que o governista Partido Socialista poderia perder as eleições parlamentares. Os EUA têm pressionado Caracas a libertar presos políticos e permitir que observadores externos monitorem o pleito.

Fontes: Reuters, @Untal_Ro
Missão Ushuaia, Venezuela.05/08/2015.

Documentarista brasileiro de 'oposição' vai à Venezuela para filmagem antes das eleições legislativas. Saiba detalhes e veja trecho

Dado Galvão e o diplomata Eduardo Saboia em Brasília, 
gravação para Missão Bolívia

O cineasta baiano Dado Galvão, que se notabilizou por elaborar produções de oposição a regimes como o cubano e os ditos “bolivarianos”, estará na Venezuela em novembro, antes das eleições legislativas no país, previstas para 6 de dezembro. Gravará documentário cujo título já está definido como “Missão Ushuaia”.

O nome do documentário remete ao protocolo homônimo assinado pelos os países-membros do Mercosul.

Dentre os pré-requisitos para fazer parte do bloco econômico sul-americano, está o respeito à democracia.

Dado Galvão, que em 2013 trouxe a oposicionista moderada cubana Yoani Sánchez ao Brasil, explica:

Dado Galvão recepciona Yoani Sánchez no aeroporto de Recife, 
presenteando Sánchez, com uma escultura de baiana, ao fundo 
com uma bandeira do Brasil, o fotógrafo Arlen Cezar  

- O nosso documentário vai seguir essa linha. Se realmente há a violação de direitos humanos e não há segurança na Venezuela, o que ela faz no Mercosul? Por muito pouco o Paraguai foi retirado, após o impeachment de (Fernando) Lugo (ex-presidente de esquerda, afastado em votação-relâmpago do Legislativo local), e depois foi analisado que seguiu-se a constituição paraguaia.


O cineasta brasileiro vai à Venezuela acompanhado do fotógrafo paraibano Arlen Cezar.

Na foto:  no lado direito, a estudante Sairam Rivas

Ainda arrecadando verba para a filmagem, ambos serão acompanhados da ex-modelo e estudante Sairam Rivas, 21 anos, que ficou presa por cinco meses por fazer oposição ao presidente Nicolás Maduro.

É o terceiro documentário de Dado.

O primeiro, Conexão Cuba-Honduras (2013), resultou na visita da blogueira cubana Yoani Sánchez ao Brasil.

Dado também gravou o Missão Bolívia – aqui, a íntegra. Nesse documentário, pretendia entrevistar Roger Pinto Molina, senador boliviano asilado na embaixada do Brasil no país. Para tanto, teve a ajuda de políticos e advogados para levarem Molina de carro de La Paz até Corumbá, cidade mais próxima da fronteira da Bolívia.


Fonte: Léo Gerchmann, Território Latino - Zero Hora
Missão Ushuaia, Venezuela. 05/08/15

Empresa chilena faz paródia sobre o 'Chávez-passarinho' e irrita Maduro.

Vídeo: Maduro encontra o passarinho Hugo Chávez

Durante a campanha de 2013, Nicolás Maduro afirmou, mais de uma vez, que Hugo Chávez aparecia para ele em forma de passarinho.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou nesta segunda-feira de "ridículo" um filme publicitário de uma nova empresa de telefonia chilena que fez uma paródia da história contada pelo mandatário na qual garante que o falecido Hugo Chávez apareceu para ele em forma de passarinho.

Em meio à campanha fugaz que o levou à Presidência após a morte de Chávez por câncer em 2013, Maduro disse que seu mentor político apareceu em forma de "passarinho pequenino" e o abençoou. Depois, prosseguindo os devaneios e no populismo para surfar na onda do antecessor morto, Maduro insistiu que "conversava" com Chávez nas montanhas e contou, de novo, a ladainha do passarinho.

Depois de dizer que Hugo Chávez apareceu para ele na forma de um passarinho, Maduro usa chapéu com um pássaro durante campanha (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou nesta segunda-feira de "ridículo" um filme publicitário de uma nova empresa de telefonia chilena que fez uma paródia da história contada pelo mandatário na qual garante que o falecido Hugo Chávez apareceu para ele em forma de passarinho.

Em meio à campanha fugaz que o levou à Presidência após a morte de Chávez por câncer em 2013, Maduro disse que seu mentor político apareceu em forma de "passarinho pequenino" e o abençoou. Depois, prosseguindo os devaneios e no populismo para surfar na onda do antecessor morto, Maduro insistiu que "conversava" com Chávez nas montanhas e contou, de novo, a ladainha do passarinho.

No comercial da empresa de telefonia WOM, um ator sósia de Maduro recria o episódio do encontro do presidente com o passarinho. No filme, Maduro "conversa" com o passarinho por meio de assobios e as legendas traduzem o que ambos estão dizendo.

Em reunião com os candidatos de sua coalizão que concorrerão nas eleições parlamentares de dezembro, Maduro acrescentou, rindo: "Não podem entender. Isso é inveja, exatamente. Não podem entender como nós, os revolucionários, somos felizes e livres. Eles são ridículos". O presidente bolivariano não disse se tomará medidas contra a empresa. A WOM também já fez uma paródia do presidente da Bolívia, Evo Morales, o que fez a chancelaria boliviana apresentar uma nota de protesto ao governo chileno.

Fontes: Veja, You Tube, Reuters
Missão Ushuaia, Venezuela. 04/08/15

Ouça: Venezuela - Excesso de Democracia?


Fontes: Reinaldo Azevedo, Rádio Jovem Pan
Missão Ushuaia, Venezuela. 04/08/15

Conselho Nacional Eleitoral venezuelano rejeita candidatura de María Corina Machado

Discurso de María Corina nas imediações do Conselho Nacional Eleitoral 
em Los Teques, Venezuela.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) negou nesta segunda-feira a candidatura da opositora María Corina Machado às eleições parlamentares que serão realizadas em dezembro, e em seu lugar foi inscrita uma aliada da ex-deputada que prometeu "não trai-la".

Caracas, 3 ago (EFE).- O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) negou nesta segunda-feira a candidatura da opositora María Corina Machado às eleições parlamentares que serão realizadas em dezembro, e em seu lugar foi inscrita uma aliada da ex-deputada que prometeu “não trai-la”.
“Hoje o regime dá mais um passo em sua arremetida contra mim. Não querem me permitir inscrever meu nome como (candidata a) deputada à Assembleia Nacional (AN, parlamento) e os vocês sabem muito bem quem pediu minha cabeça e por que, vocês sabem por que querem me calar”, disse María Corina a correligionários.

Ela também afirmou, em frente à sede da Junta Eleitoral regional, na cidade de Teques, que a impossibilidade do órgão de processar sua inscrição obedece a razões políticas.
“Não me perdoam porque na AN eu denunciei a presença de militares cubanos dentro das Forças Armadas, não me perdoam porque junto com trabalhadores e moradores da cidade de Amuay mostramos a tragédia e a corrupção deste evento que tem como responsáveis diretos (o presidente, Nicolás) Maduro e seu regime”, disse.

María Corina, da mesma forma que outros opositores, foi notificada nos últimas dias de sua proibição de exercer cargos públicos durante um ano pela Controladoria Geral por “omitir alguns ativos” em sua declaração jurada de patrimônio. Esta decisão a impedia de efetivar sua inscrição no processo que foi iniciado hoje.

"Onde assino livremente?" Atre: @Untal_RO

A política opositora afirmou que sua inabilitação e a impossibilidade de inscrever seu nome “mostram que (no governo) estão dispostos a tudo” e que “avança a fraude mais monumental da história”.
“É hora de agir (…), pedi a meus concidadãos, a todos os cidadãos desta terra, que nos nos rebelemos contra a opressão, é a hora da rebeldia cívica”, declarou a opositora.

Em seu lugar, o dirigente apoiou a candidatura de sua aliada, a socióloga Isabel Pereira, ativista opositora e membro da direção do Centro de Divulgação do Conhecimento Econômico para a Liberdade (Cedice).
“Esta é a mulher na qual eu confio e à qual eu lhes peço que demonstrem o apoio, o carinho e a confiança que me deram nos eventos mais difíceis”, ressaltou María Corina, ao lado de Isabel. 

Fontes: Agência EFE, María Corina, @Untal_RO
Missão Ushuaia, Venezuela. 04/08/2015

Missão Ushuaia, Venezuela na Coluna Esplanada.

O cineasta baiano ganhou vitrine nas redes sociais com documentário sobre fuga do senador boliviano de La Paz. Foto: site pessoal

O cineasta baiano Dado Galvão e o fotógrafo paraibano Arlen Cezar preparam uma excursão à Venezuela, onde o governo de Nicolás Maduro prende jornalistas e arrebenta opositores, com o apoio de uma milícia armada popular sem qualquer preparo para lidar com conflitos, e onde já é proibido se manifestar nas ruas, com risco de morte ou detenção.

É justamente este cenário que os brasileiros pretendem mostrar num documentário que preparam por conta própria: uma Venezuela desnudada, na voz de seus próprios cidadãos, que serão entrevistados pela dupla.

Dado fez um documentário que caiu nas redes sociais e lhe deu vitrine nacional, sobre a espetacular fuga do então senador boliviano Roger Molina da Embaixada do Brasil em La Paz. O brasileiro pretende desembarcar em novembro em Caracas, e diz que pretende mostrar uma Venezuela pré e pós eleição legislativa de 6 de dezembro.

“Iniciamos mais uma jornada de trabalho cidadão e humanitário, Missão Ushuaia, Venezuela'', informa o cineasta. “Pretendemos dialogar com venezuelanos (as), como cidadãos e cidadãs integrantes do MERCOSUL, especialmente os jovens, observar, colaborar e documentar através das linguagens audiovisual (documentário), fotografar, o cotidiano pré e pós-eleições, anunciadas pelas autoridades da Venezuela para o dia 06 de dezembro de 2015″.

O embrião do trabalho pode ser encontrado no www.MissaoUshuaia.org ou na página homônima no Facebook.

Fonte: UOL - Notícias, Coluna Esplanada
Missão Ushuaia, Venezuela. 04/08/2015.

Oposição é barrada nas eleições legislativas da Venezuela.



Manifestante protesta contra o cerco à oposição em Caracas: pesquisas mostram MUD com a preferência dos venezuelanos e chances de tomar o controle da Assembleia a quatro meses das eleições legislativas. FEDERICO PARRA/AFP/20-6-2015

Ex-deputada e ex-prefeito impedidos de concorrer à Assembleia Nacional prometem desafiar veto

BUENOS AIRES — Nesta segunda-feira, começará na Venezuela o processo de inscrição dos candidatos que participarão das eleições legislativas do próximo dia 6 de dezembro, teste decisivo para o enfraquecido governo do presidente Nicolás Maduro, às voltas com uma crise econômica cada vez mais grave.

Com todas as pesquisas apontando uma clara e expressiva vantagem da oposição, nas últimas semanas a Controladoria Geral da República impugnou candidatos de peso da Mesa de Unidade Democrática (MUD), usando, segundo dirigentes opositores, “recursos absolutamente ilegais” para impedir sua participação no pleito.

O boicote afetou, entre outros, o ex-prefeito de San Diego, no estado Carabobo, Enzo Scarano, o candidato mais votado nas primárias realizadas pela MUD recentemente. Também foi inabilitada a deputada cassada María Corina Machado, uma das dirigentes mais ativas da aliança opositora.

"Quando a justiça se veste de uma cor se converte em carrasco". 
Arte: @Untal_Ro 

Ouvidos pelo GLOBO, ambos confirmaram sua decisão de continuar lutando para defender suas candidaturas, mas, também, de designar candidatos substitutos, que serão inscritos na próxima semana.

Os dois dirigentes questionaram a atitude do governo Maduro em relação à observação internacional, na mesma semana em que o presidente venezuelano afirmou que “a Venezuela não será monitorada por ninguém”.

Segundo María Corina, atualmente proibida de sair do país por uma série de processos abertos pelo governo e pelo presidente da Assembleia Nacional (AN), o militar reformado Diosdado Cabello, “teremos a eleição mais fraudulenta de nossa História”.

Confira a entrevista com a deputada María Corina Machado aqui. E a entrevista com Enzo Scarano aqui.

Fontes: O Globo, Janaína Figueiredo, @Untal_Ro
Missão Ushuaia, Venezuela. 2/08/2015

No You Tube para reflexão: "mensagem da Venezuela ao povo Brasileiro".


O conteúdo do vídeo foi publicado em 30 de abril de 2014, no You Tube em uma canal denominado "Embajadores de Venezuela". 

Missão Ushuaia, Venezuela. 02/08/2015.

Joesley (JBS-Friboi), Lula e o número 2 do chavismo.


"Isto é o que nós venezuelanos comeremos, se seguirmos esperando 
que este governo solucione o problema da escassez". 
Arte: @Untal_Ro 

Ontem, Wesley Batista, do JBS-Friboi, disse à BBC Brasil que mal conhecia Lula, que ele e seu irmão, Joesley, só o conheceram quando Lula já era ex-presidente. E, mesmo assim, superficialmente.

Releiam o trecho que publicamos:

"Lula foi presidente por oito anos. Só o encontrei uma vez nesse período, em uma reunião setorial no palácio, com 30 pessoas na sala, ministros, CEOs, etc. Não tenho certeza sobre meu irmão (Joesley Batista), mas acho que ele nunca encontrou o Lula quando ele era presidente. Fomos conhecê-lo depois, porque nos chamaram no Instituto Lula justamente para explicar isso (os rumores). Eles perguntaram: "Que diabos é isso? São vocês que estão falando isso?" Respondemos: "De jeito nenhum, presidente Lula, achamos isso um negócio sem pé nem cabeça."

A superficialidade do relacionamento dos irmãos Wesley e Joesley com Lula pode ser verificada na foto abaixo. Joesley acompanhou Lula, ou foi acompanhado por ele, num encontro com representantes da Venezuela. Lula é também lobista da JBS-Friboi? 

Atualização: leitores avisam que a foto foi tirada com venezuelanos em São Paulo. Será que foi no mesmo dia em que Lula chamou os irmãos da JBS-Friboi ao Instituto Lula? 

Joesley Batista (JBS-Friboi), em frente a Lula, com o hermano Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Lula é lobista do JBS-Friboi?

Para Reflexão:



Fontes: O Antagonista, @Untal_Ro, O Globo, Folha de São Paulo, Estadão.
Missão Ushuaia, Venezuela. 01/08/2015.

Uma pessoa morre e dezenas são presas após saques na Venezuela


Jovem de 21 anos levou tiro no peito e 60 pessoas foram detidas.
Governador diz que ataque a supermercados teve motivações políticas

Uma pessoa foi morta e dezenas foram detidas após saques de supermercados em Ciudad Guayana, no sudeste da Venezuela, disse o governador nesta sexta-feira (31), em meio à falta de alimentos no país.

Consumidores que buscavam escassos bens de consumo como milho, arroz e farinha invadiram o estoque de um supermercado nesta sexta-feira de manhã, levando outros estabelecimentos comerciais na área a fechar as portas, relatou o jornal local "Correo del Caroni".

O governador do Estado, Francisco Rangel, do partido governista Socialista, disse que os saques tinham motivação política.


Pessoas saqueiam um supermercado em San Felix, na Venezuela, 
na sexta (31) (Foto: Reuters/Wilmer Gonzalez )

"Um grupo de motoqueiros armados chegou e disse que iria saquear certos estabelecimentos", disse o governador à rede venezuelana Globovisión. "Tenho certeza de que não foi espontâneo, e sim planejado, com motivo político."

Gustavo Patinez, de 21 anos, morreu com um tiro no peito, segundo o "Correo del Caroni", acrescentando que 60 pessoas foram detidas. Lojas na área ao redor estavam fechadas ou protegidas pela Guarda Nacional e policiais.

Os baixos preços do petróleo e uma cada vez mais disfuncional série de controles de câmbio e preços têm fomentado uma escassez de bens de consumo e causado confusão em filas de supermercados pelo país.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, culpa líderes da oposição e empresários, dizendo que eles estão travando uma "guerra econômica" contra seu governo ao aumentar preços e acumular bens. Críticos dizem que os problemas devem-se a um fracassado modelo econômico liderado pelo Estado.

Fontes: Reuters, G1.
Missão Ushuaia, Venezuela. 01/08/2015.

Crise leva consumidores a brigar por mercadorias na Venezuela


Imagens mostram que a crise está levando a população ao desespero: uma multidão corre atrás de pacotes de arroz. 

A Venezuela transformou-se em cenário cotidiano de cenas de angústia dos consumidores, como as imagens que mostrou o site venezuelano “El Pitazo”, que exibe uma multidão em um supermercado correndo atrás dos pacotes de arroz, disputando desesperadamente o produto, que é uma das diversas mercadorias que estão escassas no país.

Paradoxalmente, apesar da escassez de produtos que assola a Venezuela, nesta quinta-feira, forças militares enviadas pelo governo do presidente Nicolás Maduro ocuparam, em Caracas, depósitos da Polar, a maior cervejaria e distribuidora de alimentos da Venezuela, cuja rede de distribuição é usada por diversas empresas multinacionais de alimentos.

Nesses terrenos o governo de Nicolás Maduro - que está em campanha eleitoral - pretende construir casas populares.

O desabastecimento está levando os venezuelanos a dedicar parte do dia à procura de produtos. Segundo a consultoria Datanálisis, em Caracas em média as pessoas vão a quatro supermercados diferentes por semana e passam 5 horas nas filas.

"Existe outra maneira de descobrir como se sente um venezuelano ao tratar de alimentar sua família, entre seu salário e a escassez ?"
Arte: @Untal_Ro  

Por trás do desabastecimento geral nos comércios do país, estão as barreiras aplicadas pela administração de Maduro para o acesso aos dólares. O governo afirma que a escassez de produtos é culpa da “oligarquia”, que está realizando – segundo o chavismo – uma “guerra econômica” contra o presidente Maduro. Para complicar, o país está em recessão e mergulhado em uma crescente inflação que, segundo os economistas, passaria dos 200% neste ano.

Enquanto isso, o governo Maduro apela a um eventual conflito externo para distrair a atenção: o presidente do Parlamento venezuelano, Diosdado Cabello, o segundo homem mais forte do chavismo, ameaçou a Guiana com uma “resposta militar”, depois que o governo desse país reafirmou suas fronteiras com a Venezuela. “Hoje o governo publicou esses supostos limites. É uma provocação, na realidade, para que haja uma resposta militar de nosso lado”, sustentou Cabello.

Nas últimas semanas o presidente Maduro deslanchou uma campanha intensa de reivindicação de Esequibo, região no oeste da Guiana, que representa quase dois terços do território do vizinho e pequeno país. A reivindicação territorial data do século 19. No entanto, até o presidente Hugo Chávez (1999-2013) havia deixado essa reclamação arquivada durante seu governo. Mas, há poucos meses a companhia americana Exxon encontrou petróleo no mar, na área de Esequibo. Desta forma, o assunto voltou à tona em plena campanha para as eleições parlamentares da Venezuela, nas quais, segundo pesquisa, o governo teria apenas 20% das intenções de voto.

Fontes: @ElPitazoTV, Globo News, @Untal_Ro
Missão Ushuaia, Venezuela. 31/07/2015.

Cineasta baiano vai gravar documentário sobre a Venezuela.

Dado vai mostrar questões das eleições da Venezuela

O cineasta baiano Dado Galvão, natural de Jequié, prepara uma saga para este ano. Ele vai até a Venezuela em novembro para acompanhar as eleições presidenciais do País e gravar o documentário Missão Ushuaia. O nome do documentário remete ao protocolo homônimo assinado por todos os países que ingressam no Mercosul.

Dentre os pré-requisitos para fazer parte do bloco ecônomico sul-americano, está o respeito à democracia. "O nosso documentário vai seguir essa linha. Se realmente há a violação de direitos humanos e não há segurança na Venezuela, o que ela faz no Mercosul? Por muito pouco o Paraguai foi retirado, após o impeachment de Lugo, e depois foi analisado que seguiu-se a constituição paraguaia", explicou Dado, que mantém o site Missão Ushuaia com matérias sobre questões venezuelanas.

Dado diz ter como objetivo "deixar claro que nem ditadura de esquerda, nem de direita servem à democracia". Ele vai para o País ao lado do fotógrafo paraibano Arlen Cezar. Ambos serão ciceroneados pela ex-modelo e estudante Sairán Rodrigues, de 21 anos, que ficou presa por 5 meses e chegou a ficar 55 sem ver o sol por fazer oposição ao presidente Nicolás Maduro. "Vamos falar com diversos venezuelanos, especialmente com os jovens que foram presos e ainda continuam lutando pela questão da democracia no País", afirmou Dado.


A hospedagem é a única coisa certa. Dado ainda está captando recursos para as passagens aéreas. "Anunciamos nas redes sociais e muita gente fez contato tentando passagens. Tem muitos amigos engajados em ajudar, mas até o momento estamos sem resposta".

Mais política

Este é o terceiro documentário de Dado. O primeiro, Conexão Cuba-Honduras (2013), resultou na visita da blogueira cubana Yoani Sánchez ao Brasil, e a Feira de Santana, onde foi vaiada.

O Cineasta Dado Galvão, a jornalista peruana Pilar Celi e o fotografo Arlen Cezar, foram proibidos de entrevistar o Senador boliviano Roger Pinto, que estava asilado (abril/2013) na embaixada do Brasil em La Paz - Bolívia. 

Ele também gravou o Missão Bolívia (2014). Nesse documentário, ele pretendia entrevistar Roger Pinto Molina, senador boliviano asilado na embaixada do Brasil no País. Para conseguir, contou com ajuda de políticos e advogados para levarem Molina de carro de La Paz até Corumbá, cidade mais próxima da fronteira da Bolívia. "A gente não conseguia autorização para entrevistá-lo na embaixada. Isso foi um absurdo".

Dado usou como exemplo o caso de Julian Assange, que estava na embaixada do Equador em Londres e deu entrevista coletiva aos jornalistas, para criticar a atitude da embaixada do Brasil. "A Contituição é deixada de lado por conta de uma ideologia política", afirmou.

Fontes: Bruno Porciuncula, Jornal A Tarde, Revista Época, www.MissaoBolivia.com
Missão Ushuaia, Venezuela. 31/07/2015.

“Testimonios de la represión” (Testemunhos da repressão)

Marvinia Jiménez, venezuelana, cidadã do MERCOSUL 

Repressão na Venezuela - Marvinia Jiménez - Reprodução

“Uma oficial se aproxima sorridente: "Deixem ela comigo". Monta em cima dela e bate no seu rosto. Não diz nada, só ri. Marvinia está só e indefesa. O resto dos policiais incentivam a agressora. Tira o capacete e com prazer começa a usá-lo para bater com toda a força na cara, cabeça e nuca, uma e outra vez. Não para de sorrir. Marvinia consegue tirá-la de cima com um chute no peito que a faz tropeçar e cair. Isso a enfurece, porque ela quebra uma unha.” Leia mais


Fontes: O Globo, "TuKarma TV Tu Canal"
Missão Ushuaia, Venezuela. 30 de julho de 2015.

Nota do senador Aloysio Nunes Ferreira sobre risco de fraude nas eleições da Venezuela

"Kit socialista para eleições. Tendência irreversível?"
Arte: @Untal_Ro

Brasília – O tirano Nicolás Maduro, companheiro do Foro de São Paulo do PT, renega o compromisso assumido com o governo brasileiro, no âmbito da UNASUL, de permitir o acompanhamento das eleições venezuelanas por organismos internacionais isentos.

Estamos a caminho de uma fraude eleitoral gigantesca. Dilma Rousseff precisa se pronunciar imediatamente.

Quanto a mim, cobrarei os compromissos assumidos pela diplomacia brasileira e reafirmados pelo ministro Mauro Vieira perante a Comissão de Relações Exteriores do Senado.

29 de julho de 2015.


Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE).

RELEMBRE  



Fontes: Senador Aloysio Nunes, @Untal_Ro
Missão Ushuaia, Venezuela. 29/07/2015.

Capriles pede que OEA envie missão para observar eleições na Venezuela.


O dirigente opositor venezuelano Henrique Capriles se mostrou nesta segunda-feira esperançoso de que a Organização dos Estados Americanos (OEA) possa enviar uma missão de observação para as eleições legislativas de 6 de dezembro na Venezuela. O governador do Estado de Miranda disse que saía "satisfeito", após uma reunião de duas horas com o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, na sede do órgão multilateral.

"Há várias iniciativas em curso", afirmou Capriles a jornalistas, sem dar detalhes. No mês passado, Almagro disse no Twitter que a OEA está disposta a se unir à observação eleitoral na Venezuela, caso o governo do presidente Nicolás Maduro aceitasse sua participação.

As autoridades venezuelanas não autorizaram recentemente a OEA a enviar observadores eleitorais, o que é indispensável, segundo os regulamentos do organismo.

Nesta segunda-feira, Maduro disse durante um ato em Miranda que setores da oposição pensam que, promovendo uma "guerra econômica" e ações de delinquência, a Venezuela poderia entrar em uma profunda crise que seria utilizada como desculpa para pedir a intervenção no país dos Estados Unidos e da OEA. O presidente acusou Capriles, sem fornecer provas, de ser o "articulador" dos grupos de delinquentes que estariam dispostos a criar o caos no país.

Fonte: Associated Press
Missão Ushuaia, Venezuela. 29/07/2015.

Madri convoca embaixador da Venezuela após ‘insultos’ de Maduro a Rajoy, premier espanhol.


Durante discurso televisionado, Maduro criticou medidas de ajuste econômico exigidas da Grécia por líderes europeus, e os chamou de “sicários”, citando o premier espanhol MADRI 

MADRI — O ministério das Relações Exteriores espanhol convocou nesta segunda-feira o embaixador da Venezuela na Espanha, Mario Ricardo Isea, para consulta por causa de “insultos inaceitáveis” ao primeiro-ministro Mariano Rajoy. No domingo, Nicolás Maduro chamou Rajoy de “sicário” durante um discurso televisionado, gerando mal-estar entre os governos.

— O Governo espanhol lamenta que o Presidente da República Bolivariana da Venezuela recorra repetidamente a declarações desrespeitosas — disse o ministério em um comunicado.

Isea foi recebido no Palácio de Santa Cruz, sede do ministério, pelo diretor-geral para a região ibero-americana, Pablo Gómez de Olea, que lhe comunicou a firme rejeição do governo pelas “afirmações e adjetivos injuriosos” de Maduro. A reunião durou pouco mais de 15 minutos e, na saída, o embaixador venezuelano não quis responder às perguntas dos jornalistas.

Em um discurso televisionado no domingo, Maduro criticou as medidas de ajuste econômico exigidas da Grécia por líderes europeus, e os chamou de “sicários”, citando nominalmente o premier espanhol. O presidente também reagiu com veemência à visita de vários senadores espanhóis a Caracas.

— Aí (na Grécia) vai acontecer algo. Outro sicário da Europa é Rajoy. São sicários; Rajoy é um sicário do povo — disse Maduro, se referindo à lei conhecida como “lei da mordaça”, aprovada na Espanha e muito criticada pela oposição que a considera um ataque à liberdade de expressão.

Essa não é a primeira vez que Isea é convocado. A última vez foi em abril, depois que o próprio Maduro acusou Rajoy de ser “racista”. Na ocasião, a diplomacia espanhola classificou as declarações como “intoleráveis”.

Fontes: O Globo e agências internacionais, TV estatal venezuelana. 
Missão Ushuaia, Venezuela. 28 de julho de 2015.